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Tivit é vendida a grupo italiano Almaviva e forma companhia com receitas de R$ 12 bi

A aquisição da Tivit pela Almaviva representa um passo significativo para fortalecer a presença da empresa italiana na América Latina. O negócio, que combina receitas de quase R$ 12 bilhões, ainda depende da aprovação regulatória.

Almaviva adquire a Tivit, empresa brasileira de soluções digitais, resultando em uma receita anual combinada de cerca de R$ 12 bilhões.

O negócio foi fechado com os fundos da Apax Partners, controladora da Tivit desde 2010. Os valores da transação não foram divulgados. Com a aquisição, a Almaviva assume 100% do capital da Tivit, incluindo a participação de seu fundador, Luiz Mattar.

A aquisição, anunciada em 12 de outubro, é um movimento estratégico para a Almaviva, visando fortalecer sua presença em mercados emergentes e em 10 países da América Latina.

As empresas destacam que seus portfólios são complementares, com sinergias em nuvem, segurança cibernética, plataformas digitais e serviços gerenciados.

A transação ainda precisa da aprovação do Cade e de outras condições usuais.

A Almaviva atua em 13 países e conta com aproximadamente 41.000 funcionários. Em 2024, teve receitas globais de € 1,411 bilhão (mais de R$ 9 bilhões).

A Tivit apresentou um crescimento de 12,2% na receita bruta em 2024, totalizando R$ 2,1 bilhões, impulsionada por serviços de cibersegurança e soluções de nuvem.

  • Receita de cibersegurança cresceu 63%
  • Unidade de cloud teve expansão de 25%
  • Soluções digitais cresceram 16%

A Tivit, adquirida pela Apax, fez aquisições e investiu em produtos como a plataforma OneCloud e a ferramenta Athena.

Recentemente, passou por reestruturação, desmembrando suas divisões de data center (Takoda) e terceirização de processos (Neobpo). O CEO Paulo Freitas mencionou que a cisão melhorou a estrutura financeira, permitindo investimentos em tecnologia digital.

A Tivit foi remarcada na bolsa de valores entre 2009 e 2011, mas fechou capital após a OPA da Apax por R$ 1,7 bilhão. Tentativas de um novo IPO em 2017 e 2019 não prosperaram por condições de mercado desfavoráveis.

O J.P. Morgan atuou como assessor financeiro da Apax, enquanto os escritórios de advocacia específicos prestaram assistência legal para ambas as partes.

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