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'Títulos mais rejeitados do mundo' transformam leilão de rotina dos EUA em teste crucial

Investidores estarão atentos ao leilão de US$ 22 bilhões em títulos públicos de 30 anos, previsto para quinta-feira. A demanda por esses títulos é questionada, com rendimentos atingindo altos históricos e preocupações sobre a sustentabilidade da dívida americana.

Resistência dos investidores à dívida pública de longo prazo dos EUA está transformando o leilão de títulos em um evento muito esperado em Wall Street.

O Tesouro deve vender US$ 22 bilhões em títulos de 30 anos na quinta-feira. Os resultados receberão atenção especial, pois mostrarão a demanda do mercado.

Os rendimentos da dívida global de longo prazo dispararam nas últimas semanas, com os títulos de 30 anos dos EUA atingindo a máxima de quase duas décadas, a 5,15% no mês passado, operando a 4,931% nesta terça-feira.

Rendimentos mais altos aumentam a pressão de financiamento, pois os EUA estão se endividando mais. A proposta de impostos e gastos do presidente Trump pode adicionar trilhões aos déficits orçamentários.

Fred Hoffman, professor de finanças, aponta que estamos em uma tendência fiscal preocupante. O leilão dará pistas sobre a demanda, e a participação estrangeira será monitorada.

Hoffman alerta que resultados ruins podem indicar problemas. Em leilões anteriores, fraquezas levaram a disparos nos rendimentos. O Tesouro também leiloará US$ 58 bilhões em notas de três anos e US$ 39 bilhões em dívida de 10 anos.

Ninguém fala em um leilão fracassado, pois existem mecanismos para evitar desorganizações. O aumento dos rendimentos pode, de fato, atrair compradores.

Para muitos, o panorama é de rendimentos de longo prazo elevados. Greg Peters, da PGIM Fixed Income, sugere evitar títulos do Tesouro de longo prazo, vinculados a forças políticas.

No entanto, operadores esperam redução das taxas pelo Federal Reserve (Fed) no segundo semestre, influenciados pela agendas tarifária do governo Trump e suas consequências.

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