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Thiago Ávila e mais cinco ativistas são deportados após serem detidos em barco para Gaza

Brasil e quatro países europeus têm ativistas deportados após interceptação de embarcação com ajuda humanitária em águas internacionais. Israel justifica a ação alegando a violação de bloqueio naval sobre a Faixa de Gaza.

Governo de Israel deporta brasileiros e ativistas após interceptação de veleiro

Nesta quinta-feira, o governo de Israel deportou o brasileiro Thiago Ávila e mais cinco ativistas, detidos no veleiro "Madleen", que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

A embarcação era parte da Coalizão Flotilha Liberdade (FFC) e foi interceptada por forças israelenses em águas internacionais no último domingo. Entre os passageiros, também estava a ativista sueca Greta Thunberg, deportada na última terça-feira.

O Ministério de Relações Exteriores de Israel fez postagens debochadas no X, ressaltando que os "passageiros do 'iate das selfies' estão saindo de Israel".

Os deportados, além de Ávila, incluem Mark van Rennes (Holanda), Suayb Ordu (Turquia), Yasemin Acar (Alemanha), Reva Viard (França) e Rima Hassan (França), enquanto dois ativistas franceses permanecem detidos.

Thiago Ávila foi levado à solitária após se recusar a assinar um documento reconhecendo "um crime". Durante sua detenção, ele iniciou uma greve de fome.

A Secretária-Geral do Ministério das Relações Exteriores do Brasil se reuniu com Lara Souza, esposa de Ávila, e reafirmou o compromisso do Brasil com o Estado da Palestina.

Interceptação do veleiro

O Madleen, com bandeira britânica, partiu da Sicília em 6 de junho. Durante a interceptação, os ativistas relataram que alarmes soaram e que drones israelenses prejudicaram o sistema de comunicação da flotilha.

Os ativistas afirmam que a apreensão do navio representa uma violação do direito internacional, pedindo condenação da comunidade internacional.

Após a interceptação, Greta gravou um vídeo descrevendo a detenção como um sequestro e pediu pressão do governo sueco.

Um soldado israelense comunicou à embarcação que a zona marítima ao largo da Gaza estava fechada, sugerindo a entrega de ajuda através do porto de Ashdod.

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