‘The Economist’ sobre a COP30: Belém é esburacada, quente e pontilhada de esgoto
Reportagem da The Economist critica a infraestrutura de Belém meses antes da COP30, apontando dificuldades para acomodar os negociadores e turistas. O texto aborda também as contradições entre as obras de preparação e os esforços ambientais na região.
Belém é considerada uma cidade problemática pela revista britânica The Economist, que publicou uma reportagem em 9 de outubro detalhando as dificuldades da capital do Pará para sediar a COP30, cúpula do clima da ONU, em novembro.
A cidade, com 1,3 milhão de habitantes, possui leitos de hotel para apenas 18 mil visitantes. Espera-se ainda a chegada de 5 mil turistas que se hospedarão em navios de cruzeiro próximos. Para contornar a situação, escolas públicas e quartéis militares estão sendo preparados como albergues, assim como estabelecimentos normalmente voltados para o turismo sexual.
A The Economist destaca ainda obras em andamento para a COP30, como a derrubada de 13 km de floresta para permitir uma rodovia e a dragagem de rios com concreto.
Adler Silveira, secretário de infraestrutura do Pará, acredita que as reformas deixarão um legado positivo.
Por último, a reportagem menciona que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Helder Barbalho têm buscado alternativas à agricultura e mineração, como a promoção de um mercado de créditos de carbono e investimentos em energia limpa.