The Economist: Por que o mundo está enfrentando uma crise nos dados estatísticos?
A investigação do governo britânico sobre o ONS evidencia a crescente desconfiança nas estatísticas econômicas globais. Cortes orçamentários e a queda nas taxas de resposta complicam ainda mais a precisão dos dados econômicos.
Investigação no Reino Unido: O governo britânico iniciou uma investigação sobre o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) após encontrar erros nos cálculos do Produto Interno Bruto (PIB). Isso afetou a confiança dos investidores em relatórios mensais de empregos.
Dados globais alarmantes: A situação é indicativa de uma tendência maior de dados econômicos deficientes em diversos países, como:
- Nova Zelândia: Sonegação de confiabilidade nas estatísticas de inflação.
- Alemanha: Dados inacessíveis após uma atualização malsucedida.
- Estados Unidos: Corte orçamentário resultou na suspensão de publicações de dados.
- Polônia: Demissão misteriosa do estatístico-chefe, Dominik Rozkrut.
Confusão nos dados: As revisões do PIB na União Europeia são muito mais frequentes. Em 2024, as revisões de crescimento mensal de empregos dos EUA foram em média 48 mil maiores do que antes.
Tendência reversa: A coleta de dados, que cresceu após a Segunda Guerra Mundial, começou a falhar. Fatores que contribuíram incluem:
- Financiamento: O Bureau of Labor Statistics (BLS) dos EUA teve um corte real de 20% desde 2012.
- Engajamento da população: A taxa média de resposta a pesquisas caiu significativamente na última década.
Partidarismo e expectativas: A diferença nas percepções econômicas entre democratas e republicanos complicam as respostas em pesquisas, influenciando as expectativas de inflação.
Busca por soluções: Estatistas estão cientes dos problemas e buscam aumentar orçamentos, mas as taxas de resposta continuam baixas e o fim do partidarismo é incerto.