The Economist: Estados Unidos podem estar a algumas semanas de um grande choque econômico
Economistas usam dados em tempo real para avaliar os efeitos das tarifas de Trump sobre a economia americana. Apesar de alguns sinais de resiliência, desafios significativos se aproximam.
Pandemia e Tarifas: Análise Atual
Há cinco anos, economistas usaram dados de mobilidade para entender o impacto da pandemia. Agora, novas técnicas buscam avaliar os danos das tarifas de Donald Trump sobre as importações chinesas. Apesar de a economia dos EUA não parecer cambaleando, os problemas se aproximam.
Resultados Preocupantes
- A produção industrial caiu para um nível recorde em abril.
- O PIB dos EUA contraiu 0,3% em termos anualizados.
- O déficit comercial aumentou com empresas acumulando estoques antes das tarifas.
Dados em tempo real mostram que o comércio ainda se mantém. Entretanto, alguns indicadores são preocupantes:
- Reservas para novas viagens entre China e EUA caíram 45% em relação ao ano anterior.
- Viagens em branco aumentaram para 40% de todas as programadas.
- Custos de navegação entre Xangai e Los Angeles caíram em cerca de US$ 1 mil por contêiner.
Impacto a Longo Prazo
Os efeitos das tarifas podem demorar a se manifestar completamente. Estoques podem sustentar as empresas temporariamente:
- A demanda por armazéns alfandegados aumentou.
- Empresas evitam elevar preços para manter relações com clientes.
- Uma pausa de 90 dias nas tarifas permitirá reorganização da produção.
Estudos mostram que tarifas anteriores foram repassadas aos consumidores. O chefe do Porto de Los Angeles alertou que ajustes de compras podem ser difíceis.
Consequências Econômicas e Políticas
Custos econômicos podem impactar planos de investimento e contratação das empresas. Mesmo que as tarifas sejam canceladas, a recuperação será lenta.
Um estudo sugere que regiões afetadas pelas tarifas se tornaram mais republicanas, indicando que os eleitores valorizam confrontar a China, apesar dos custos.
A previsão para o transporte marítimo é pessimista. Os EUA ainda não enfrentam uma crise comercial completa, mas os sinais são alarmantes.