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The Economist: Espere mais caos nas políticas tarifárias de Donald Trump

O recente aumento das tarifas comerciais por Donald Trump reflete uma mudança significativa em sua abordagem econômica, consolidando sua inclinação pelo protecionismo. Embora desafiado por ações judiciais e resistência no Congresso, o impacto nas relações comerciais e na economia americana já se faz sentir.

Donald Trump sempre expressou sua preferência por tarifas. Antes de seu retorno à Casa Branca, muitos acreditavam que sua postura era uma manobra de negociação. No entanto, isso parece uma fantasia.

Trump é um verdadeiro adepto do protecionalismo comercial, aumentando a tarifa média de 2,5% para cerca de 20%, a mais alta desde a Grande Depressão.

O cenário político é caótico, antecipando como Trump pode improvisar em sua visão de um regime comercial reformulado, respeitando limites de mercados, tribunais e do Partido Republicano.

Durante sua campanha, ele propôs tarifas universais de 10% a 20% e uma taxa específica de 60% para a China. Contudo, implementou tarifas específicas que muitas vezes reverteu ou suspendeu.

Em seu primeiro mandato, Trump usou estatutos limitados para tarifas. Agora, com o International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), ele invocou uma emergência por contrabando e imigração.

Os tribunais podem ser um freio, já que alegações de segurança nacional do presidente muitas vezes são aceitas. Recentemente, quatro senadores republicanos tentaram revogar tarifas sobre o Canadá, mas a resolução fracassou.

Os republicanos podem agir se as tarifas prejudicarem a economia. A confiança do consumidor despencou, e investimentos estão em queda, seguindo o anúncio das tarifas em 2 de abril, chamado de Dia da Libertação.

Trump afirma suportar a dor no curto prazo, mas se mostrou sensível à turbulência do mercado. A pausa de 90 dias em tarifas “recíprocas” após o Dia da Libertação reforça isso; a justificativa foi a realização de negociações comerciais.

As negociações estão em andamento, mas há falta de clareza sobre o que pode ser oferecido. Alguns acreditam em uma grande barganha com a China, mas o diálogo é escasso.

Acordos menores com países como Japão e Índia parecem mais prováveis. Trump deseja um momento de reivindicação durante sua guerra comercial, mas não se espera um retorno à era do livre comércio durante sua presidência.

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