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‘The Economist’ corrige fala de Barroso e acende debate sobre atuação do STF

Revista The Economist corrige declaração sobre STF após crítica a Barroso e reafirma que a derrota mencionada foi do bolsonarismo. O presidente da Corte defende procedimentos do tribunal e critica a abordagem da publicação como distorcida da realidade institucional do Brasil.

The Economist corrigiu um trecho de um artigo de 16 de abril sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). A correção foi sobre uma declaração do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

A versão original dizia que Barroso afirmou que o STF “derrotou Jair Bolsonaro”. A correção explicou que ele se referiu à “derrota do bolsonarismo”, não do ex-presidente diretamente.

A declaração ocorreu em 13 de julho de 2023, durante um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde Barroso foi vaiado. Em resposta, disse: “Nós derrotamos a censura, a tortura e o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.

A matéria da Economist, intitulada “A Suprema Corte do Brasil está em julgamento”, critica o protagonismo político do STF e alerta para o risco de perda de confiança da população na instituição.

A publicação questiona:

  • a ausência de julgamento de ações penais contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe;
  • decisões monocráticas de ministros, como Dias Toffoli, na Lava Jato.

Barroso defendeu que o julgamento contra Bolsonaro segue o regimento do STF. Desde dezembro de 2023, ações penais contra altas autoridades tramitem nas turmas, e não no plenário. Segundo ele, mudar essa regra seria a exceção.

Barroso também defendeu Alexandre de Moraes, citado como “juiz estrela” com “poder excessivo”, afirmando que Moraes protege as instituições democráticas com o apoio do colegiado.

O presidente do STF criticou o tom da imprensa da Economist, afirmando que se aproxima da narrativa de quem tentou um golpe. Disse que o Brasil vive uma democracia plena, com respeito aos direitos fundamentais e freios e contrapesos.

Conforme Barroso, o tribunal atua para evitar o colapso institucional visto em outras democracias na América Latina e no Leste Europeu.

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