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The Economist: A grande ousadia de Milei é transformar a Argentina numa economia normal

Milei enfrenta desafios significativos para implementar reformas econômicas, enquanto tentativas de controlar a inflação e atrair investimentos estrangeiros geram um cenário de alta volatilidade. A aprovação popular do presidente argentino oscila em meio a greves e incertezas políticas, enquanto os mercados aguardam sinais de estabilidade.

Javier Milei, presidente da Argentina, afirmou em 11 de abril que o país pode apresentar um crescimento mais robusto, após o anúncio de um programa de US$ 20 bilhões com o FMI. Porém, uma greve geral paralisou o país em resposta a cortes de gastos.

Milei herdou um cenário econômico complicado, com gastos governamentais altos e inflação crescente. Desde então, ele implementou cortes que levaram a uma redução na pobreza, de 53% para 38%.

Ele enfrenta desafios com a fragilidade de suas reformas e um peso supervalorizado. Embora controles de capital tenham sido mantidos, ele está tendo que desvalorizar a moeda, que caiu 12% após a nova política cambial.

Além do suporte do FMI, com US$ 12 bilhões imediatamente, o governo busca atrair investimentos. No entanto, o caos econômico global e a guerra comercial dos EUA ameaçam sua execução.

A inflação subiu para 3,7%% em março, e está prevista para aumentar ainda mais. Há o risco de um ciclo vicioso, onde a inflação crescente prejudica a popularidade de Milei.

Ele enfrenta oposição política: em abril, o Senado rejeitou indicações à Suprema Corte e abriu investigação sobre uma criptomoeda. Seu índice de aprovação está em 45% e vem caindo.

O caminho para reformar a economia argentina é difícil, com Milei sem muitos aliados e enfrentando possíveis vitórias dos peronistas nas próximas eleições regionais e de meio de mandato.

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