HOME FEEDBACK

Testemunhas de ex-funcionário da Abin negam uso de programa de espionagem

Testemunhas do ex-agente da Abin negam uso de software de espionagem. Inquérito investiga a atuação da agência durante o governo Bolsonaro e possíveis tentativas de desestabilizar o Estado.

Testemunhas do ex-funcionário da Abin, Giancarlo Gomes Rodrigues, negaram ao STF nesta terça-feira (15) o uso do sistema de espionagem FirstMile.

Os depoimentos ocorreram em um processo em que um subtenente do Exército é réu por tentativa de golpe de Estado. As testemunhas trabalharam no Centro de Inteligência Nacional (CIN), criado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em julho de 2020.

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o CIN teria monitorado ilegalmente autoridades. O então chefe da Abin, Alexandre Ramagem, é também réu no caso.

Durante os depoimentos:

  • Rodrigo Esteves soube da existência do FirstMile apenas pela imprensa.
  • Tarcísio Lima não teve contato com o software.
  • Jonio Barbosa da Costa também negou o uso da ferramenta.
  • Guilherme Jameli relatou que foi procurado por policiais federais sobre um documento, mas não confirmou uso do software.

Jameli afirmou que o documento ordenado por policiais federais era um resumo de uma reportagem sobre um dos filhos de Bolsonaro.

Bruno Marques informou ao STF que repassou um pedido do diretor-geral da Abin para outro setor. Duas testemunhas, José Renato de Oliveira e Francisco Ari Maia Junior, não compareceram, mas a defesa de Rodrigues pediu a intimação.

O STF começou a ouvir as testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 na segunda-feira (14). Os depoimentos seguem até 22 de julho.

Na manhã do dia 15, também foram ouvidas as testemunhas de Carlos Rocha, do Instituto Voto Legal, acusado de desinformação nas eleições de 2022.

Entre os depoentes, estavam os ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército, brigadeiro Baptista Júnior e general Freire Gomes.

A transmissão dos depoimentos começou com atraso e algumas testemunhas não compareceram. A defesa de Rocha solicitou remarcar os depoimentos dos ausentes.

Leia mais em valoreconomico