Testemunha diz que Anderson Torres 'apenas leu' recomendação de voto impresso em live com Bolsonaro
Depoimentos de testemunhas de defesa seguem no STF, esclarecendo o papel de Anderson Torres na tentativa de golpe de Estado. Testemunhas ressaltam que recomendações sobre o voto impresso não constituíam laudos técnicos, mas sim opiniões de peritos.
STF retoma depoimentos de testemunhas de defesa dos acusados no caso da suposta tentativa de golpe de Estado.
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, apresentou o secretário-adjunto da Secretaria de Operações Integradas, Braulio do Carmo Vieira de Melo, como testemunha.
Melo confirmou sua participação em uma live em julho de 2021, convocada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que Torres “apenas leu” uma recomendação dos peritos sobre o voto impresso, questionando a segurança das urnas eletrônicas.
"Houve um desconforto pela falta de conhecimento técnico do tema", disse Melo, destacando que o documento foi elaborado pelos peritos da Polícia Federal.
Outra testemunha, o delegado Luís Flávio Zampronha de Oliveira, esclareceu que o documento lido por Torres era uma recomendação e não um laudo.
No total, cinco testemunhas de Torres foram ouvidas, e os depoimentos continuam à tarde, sob a condução do ministro Alexandre de Moraes.