Testemunha de Silvinei diz que PRF identificou materialidade, mas não autoria de blitze
Investigação da PRF revela a "materialidade" das blitzes eleitorais, mas não identifica responsáveis. Testemunhas afirmam que ações seguiram diretrizes habituais, sem direcionamento específico para influenciar resultados.
Auditoria na PRF: O servidor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alexandre dos Santos Lopes, afirmou na audiência do Supremo Tribunal Federal (STF) que a investigação preliminar identificou a “materialidade” das blitzs realizadas durante as eleições de 2022, mas não a “autoria”.
Lopes declarou: “Identificamos uma trilha de materialidade, mas não de autoria. Novas diligências eram necessárias”. Ele foi testemunha de defesa de Silvinei Vasques, então diretor-geral da PRF.
A defesa questionou Lopes sobre a interferência de Vasques nas operações. O servidor reiterou que as informações coletadas não permitiram apontar responsabilidade. O foco da investigação foi verificar se as operações em rodovias federais ocorreram e sob quais circunstâncias.
Lopes mencionou “inconsistências” nos números operacionais em cinco Estados: Pará, Maranhão, Santa Catarina, Sergipe e outros no Nordeste. A investigação preliminar foi enviada à Controladoria-Geral da União (CGU), mas Lopes não teve mais contato com o processo.
O inspetor da PRF, Anderson da Silva Costa, também testemunhou, afirmando que Silvinei não direcionou operações para regiões favoráveis a Lula (PT). Segundo ele, as ações sempre foram consistentes e sem variações significativas.
Com informações do Estadão Conteúdo