Testamos o ChatGPT e descobrimos como (não) investir usando IA
A inteligência artificial generativa pode ser uma aliada na educação financeira, mas exige que o investidor saiba formular perguntas adequadas para obter respostas seguras. Especialistas alertam sobre os riscos de confiar 100% nas recomendações feitas por ferramentas como o ChatGPT.
A IA generativa, como o ChatGPT, vem sendo utilizada para auxiliar em dúvidas sobre investimentos, mas existe um limite para sua confiabilidade.
Instituições financeiras têm lançado assistentes de IA para melhor interação com clientes. No entanto, usuários devem ter cautela ao usar essas tecnologias para investir. A IA pode educar financeiramente, especialmente para iniciantes, ao fornecer informações sobre renda fixa, ações e perfis de investidores.
Rodrigo Amarante, do Insper, destaca que interações iniciais com a IA podem ser benéficas, mas a habilidade do usuário em formular perguntas é crucial. Questões muito específicas podem levar a respostas enviesadas ou incorretas, fenômeno conhecido como "alucinação" da IA.
Em testes com o ChatGPT, o Valor Investe fez perguntas como a disponibilidade de fundos de renda fixa e obteve listas de investimentos, mas com relevância questionável. Marcelo d'Agosto alertou que informações podem ser imprecisas e recomendou que usuários também considerem risco ao investir.
Uma carteira de investimentos sugerida pelo ChatGPT foi considerada "rasa" por Flávio Conde, pois carecia de detalhes importantes. A profundidade das respostas e a capacidade do usuário de questionar adequadamente são fundamentais para uma boa experiência financeira.
Para investidores mais experientes, a IA pode abrir novas oportunidades, mas a habilidade de formular perguntas apropriadas e entender o contexto econômico é essencial. Amarante conclui que um uso consciente da IA pode aperfeiçoar a relação entre investidores e instituições financeiras.