Tesouro faz menor leilão do ano para atrelados à inflação; e eu com isso?
O leilão do Tesouro Direto apresentou a menor oferta de títulos atrelados ao IPCA em 2025, surpreendendo o mercado. Apesar da redução nas taxas, especialistas indicam que ainda existem oportunidades atrativas para investidores de longo prazo.
A redução do volume de leilões de títulos do Tesouro Direto nesta terça-feira (22) surpreendeu o mercado.
A principal meta foi conter a alta das taxas, com todos os títulos oferecendo menos ao investidor.
O leilão emitiu 450 mil papéis atrelados ao IPCA, a menor oferta em 2025, com apenas 76% do montante vendido.
A estratégia é comum nas situações de estresse, como na semana passada, quando as taxas saltaram para perto de 8%.
Segundo Rafael Bellas, coordenador de produtos da InvestSmart, apesar da redução, as taxas atuais, especialmente as atreladas à inflação, ainda são historicamente elevadas.
Análises passadas mostram que, ao adquirir títulos como o Tesouro IPCA+ 2035 com taxas superiores a 6% ao ano, investidores que mantiveram o papel por pelo menos quatro anos obtiveram retornos superiores ao CDI.
Bellas ressalta que desempenho passado não garante resultados futuros, mas os níveis atuais podem ser uma oportunidade interessante para investidores dispostos a enfrentar a volatilidade e o risco de marcação a mercado.
Portanto, mesmo com o governo tentando reduzir o custo da dívida, as taxas atuais podem ser atrativas para perfis de investidores de longo prazo e com tolerância a oscilações.