Tesouro dos EUA tem instrumentos caso precise intervir no mercado de títulos, diz secretário
Secretário do Tesouro dos EUA minimiza preocupações sobre vendas de títulos. Ele destaca que o departamento possui ferramentas para intervir no mercado, se necessário.
Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, minimiza liquidação no mercado de títulos. Ele rejeita especulações de que países estrangeiros estariam se desfazendo de títulos do Tesouro americano.
Bessent afirmou que “não há vendas em massa” por investidores estrangeiros em entrevista à Bloomberg Television, destacando aumento na demanda nos leilões de títulos de 10 e 30 anos. Ele atribui a queda a desalavancagem e não a ações de governos estrangeiros.
Instrumentos disponíveis: Bessent mencionou que o departamento dispõe de um “arsenal robusto” e pode aumentar o programa de recompra de títulos antigos se necessário. Este programa foi iniciado no ano passado para melhorar a liquidez dos títulos mais antigos.
Na semana passada, os Treasuries tiveram a maior queda semanal desde 2001, gerando interpretações de perda de confiança internacional nos ativos americanos. Bessent não acredita que o presidente do Fed, Powell, esteja preocupado com a situação.
Bessent reafirmou a independência do Fed e sugeriu que há espaço para mais debate sobre regulação financeira. Ele compartilhou uma lição de sua carreira, enfatizando a importância de não se concentrar em flutuações semanais do mercado.
Sobre o status do dólar, ele negou preocupações relacionadas à queda dos Treasuries e do dólar, reafirmando que os Estados Unidos continuam sendo uma “moeda de reserva global”.
Bessent também se posicionou sobre os aumentos tarifários, refutando declarações da China e afirmando que na negociação comercial quem age primeiro tende a obter melhor acordo.
Durante sua visita à Argentina, Bessent demonstrou apoio ao país após nova rodada de financiamento do FMI e reuniu-se com o presidente Javier Milei.