Tesouro diz que pagará R$ 70 bilhões em precatórios em julho
Governo adia pagamento de precatórios para julho com objetivo de controlar a inflação. Queda significativa nos gastos foi observada no primeiro trimestre deste ano, mas desafios fiscais persistem para o futuro.
Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou que o governo Lula pagará R$ 70 bilhões em precatórios em julho de 2025.
Desse total, aproximadamente R$ 40 bilhões não estarão dentro da meta fiscal.
Precatórios são dívidas do Poder Executivo derivadas de sentenças judiciais que não podem ser contestadas.
No ano passado, o pagamento ocorreu em fevereiro, mas foi adiado neste ano para julgar a inflação e evitar pressão na atividade econômica.
O adiamento resultou em uma queda significativa nos gastos: de R$ 38,3 bilhões no 1º trimestre de 2024 para R$ 6,3 bilhões no mesmo período de 2025, uma redução de 84%.
Ceron explicou que os precatórios de 2025 estão previstos para serem pagos em julho e que acertou isso com o Conselho da Justiça Federal.
Até 2027, o próximo presidente não terá recursos suficientes para cobrir todas as despesas discricionárias devido à reinclusão dos precatórios nas regras fiscais.
- A decisão foi concordada com o Supremo Tribunal Federal (STF), limitando a exclusão até 2026.
- As despesas precisaram ser ajustadas para não afetar a meta de resultado primário.
Ceron já tentou classificar gastos com sentenças judiciais como despesas financeiras em 2023, mas não obteve sucesso.
O secretário ressaltou a urgência na busca de soluções para o problema, reforçando que devem ser apresentadas propostas em 2026.
“Essa solução precisa ser endereçada até meados do ano que vem”, concluiu Ceron.