Tesouro Direto: taxas têm leve alta com leilão de prefixados no radar
Os títulos públicos apresentam leve aumento nas taxas, refletindo as tensões no cenário econômico global. Investidores estão cautelosos diante da possibilidade de recessão nos EUA e suas implicações para o Brasil.
Juros dos Títulos Públicos sobem timidamente nesta quinta (17), em comparação à sessão anterior.
Os investidores acompanharam um leilão de 20 milhões em prefixados para quatro vencimentos e 5 milhões de pagamentos de juros semestrais.
A tensão do tarifaço segue no radar, após o governo americano anunciar tarifas de até 245% sobre produtos chineses. Na semana passada, isso já fez os juros dispararem.
Os investidores estão atentos, pois uma potencial recessão nos EUA poderia levar o banco central americano a baixar os juros, aumentando a atratividade dos investimentos emergentes, como no Brasil.
Às 11h50, o papel prefixado com vencimento em 2028 pagava 14,04%, acima dos 13,97% anteriores. A taxa ainda está abaixo do atual patamar da Selic de 14,25%.
O título de 2032 oferecia 14,59%, ante 14,51% de ontem. Já o taxado pelo IPCA para 2029 caiu levemente para 7,69%, enquanto o de 2040 pagava 7,29%.
Os papéis longos representam mais riscos, e investidores devem ter cautela. Apesar disso, os títulos atrelados à inflação são preferidos para proteger contra o aumento de preços.
É crucial lembrar que taxas e preços são inversamente proporcionais: taxas mais altas significam preços mais baixos, e vice-versa. Quando as taxas sobem, o valor de mercado dos papéis diminui, gerando perdas temporárias para quem já possui os títulos.
Desempenho do Tesouro Direto nesta quinta (17) continua monitorado.