Tesouro Direto: taxas recuam firme sem tirar o olho do exterior e à espera de leilão
Títulos públicos enfrentam queda nos juros após intervalo de negociações, enquanto investidores aguardam leilão atípico. A tensão nos EUA sobre a política monetária influencia o movimento de capitais em busca de oportunidades em mercados emergentes como o Brasil.
Juros dos títulos públicos caem nesta terça-feira (22), após quatro dias de mercado fechado. O recuo é em relação à última sessão de negociação em 17 de outubro.
Destaque para as críticas do presidente Donald Trump ao presidente do BC americano, relacionadas à trajetória dos juros nos EUA. A expectativa é que, se os juros caem lá, investidores busquem países emergentes como o Brasil.
Amanhã (23), ocorrerá um leilão de títulos atrelados à inflação com quatro vencimentos (2033, 2040, 2050 e 2055). O Tesouro Nacional anunciou que as condições serão divulgadas no dia do leilão.
Esses leilões ajudam a controlar as taxas dos títulos públicos em dias voláteis e refletem a demanda do mercado.
Pouco antes das 12h40:
- Papel prefixado 2028: 13,88%, abaixo dos 13,95% anteriores e 14,05% da semana passada.
- Papel 2032: 14,46%, em relação aos 14,49% da última sessão.
- Papel IPCA 2029: 7,66%, mesmo valor da sessão anterior.
- Papel 2040: 7,45%, após 7,48% anterior.
Os títulos longos apresentam mais riscos, exigindo cautela do investidor. Apesar dos riscos, os títulos atrelados à inflação são preferidos para proteger contra a alta de preços.
Lembre-se: as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. Taxas altas significam maior rentabilidade no vencimento, mas reduzem o valor de mercado dos papéis, resultando em perdas para quem já possui os títulos.
Desempenho do Tesouro Direto nesta terça-feira (22) reflete essa dinâmica.