Tesouro Direto: taxas despencam em dia de leilão e sob-efeito Trump
Leilão de títulos do Tesouro Direto registra venda integral de prefixados com taxas em queda, impulsionadas por expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos. Especialistas destacam atratividade dos papéis, que protegem contra a inflação enquanto o mercado global ajusta suas previsões econômicas.
Leilão de Títulos do Tesouro Direto ocorreu em uma quinta-feira, dia 3, com destaque para os títulos prefixados.
O lote de três milhões de prefixados foi vendido integralmente, com taxas em queda. Isso indica que os investidores esperam juros mais baixos no futuro, influenciados por barreiras comerciais nos EUA.
O mercado global prevê mais cortes de juros nos EUA, apesar do efeito inflacionário das tarifas de importação. O aumento de preços pode reduzir a atividade econômica, impactando outras economias e permitindo juros menores.
O Banco Central do Brasil pode não precisar elevar a Selic, dado que prêmios menores nos títulos americanos tornam outros países mais atraentes, refletindo no câmbio.
No fechamento:
- Tesouro IPCA+ 2029: taxa de 7,80% (anterior: 7,96%);
- Títulos atrelados à inflação 2050: 7,14%;
- Títulos prefixados 2032: 14,59% (anterior: 14,91%).
Esses níveis são considerados atrativos pelos analistas, especialmente para os títulos atrelados à inflação, que protegem contra o aumento de preços.
Importante lembrar: taxas e preços dos títulos têm relação inversa. Quando as taxas sobem, a rentabilidade é maior, mas o valor de mercado dos papéis cai, resultando em perda temporária para os investidores.