Tesouro Direto: por que comprar prefixado a 13% se a Selic vai subir mais?
Investidores enfrentam dilemas ao considerar títulos prefixados com Selic em alta. Especialistas alertam sobre riscos e oportunidades em cenários de juros crescentes.
Expectativa de alta na Selic prevê um aumento na taxa básica na reunião da próxima semana, com a taxa atualmente em 14,25% ao ano.
Riscos fiscais, inflação persistente e incertezas externas são fatores que influenciam essa expectativa, levando investidores a questionar a viabilidade de títulos prefixados a 13% ao ano.
Renato Cunha, estrategista do Bradesco BBI, explica que investir em prefixados se baseia na aposta contra a curva futura de juros, e não na Selic atual. O rendimento de 13% já reflete as expectativas do mercado e riscos associados.
Exemplo: Se a curva de juros projeta Selic de 13,25% em um ano, investir a 13% significa aceitar um rendimento abaixo da média esperada.
Cunha alerta que, caso a Selic suba, novos títulos terão taxas maiores, o que afetará os preços dos títulos já emitidos, podendo causar perdas relevantes para quem precisar resgatar antes do vencimento.
Quando investir no prefixado a 13% pode ser vantajoso?
- Horizonte definido: Se o investidor não precisar de liquidez até o vencimento e 13% atende suas expectativas de retorno acima da inflação.
- Curvas exageradas: Momentos de estresse podem levar a uma precificação excessiva, tornando o prefixado uma aposta viável se o investidor acredita que a Selic subirá menos.
- Desconfiança na alta: Se a alta da Selic for vista como temporária, o prefixado pode valorizar após a estabilização.
Conclusão: Investir em prefixado a 13% requer convicção e disciplina. A decisão é racional se o investidor acredita que o mercado está exagerando, não precisa resgatar antes do vencimento e aceita a volatilidade no preço. Caso contrário, é melhor manter a flexibilidade e aguardar.