Tesouro Direto: negociações são suspensas diante de retaliações no exterior
Suspensão nos negócios de títulos públicos ocorre em meio à instabilidade provocada pela guerra comercial. Investidores observam a corrida pela liquidez enquanto as taxas de juros flutuam.
Suspensão nas negociações de títulos públicos
Na manhã desta quarta-feira (9), as negociações foram suspensas devido à guerra comercial nos Estados Unidos e seus efeitos nos títulos do Tesouro americano.
A Secretaria do Tesouro Nacional interrompe os negócios para evitar distorções nas taxas. Às 10h30, apenas o Tesouro Selic estava disponível para compras.
A entrada em vigor de tarifas recíprocas sobre a China agitou o mercado, com o título de 30 anos subindo para 5%.
A diferença entre os juros dos títulos públicos brasileiros e os contratos financeiros caiu, levando alguns investidores a vender títulos do governo dos EUA no mercado paralelo.
Ontem, os títulos atrelados à inflação com vencimento em 2029 encerraram pagando 7,67%. O título de 2050 avançou de 7,13% para 7,14%.
Os investidores devem ter cautela ao optar pelos títulos de longo prazo, que são mais arriscados. Mesmo com os alertas, os títulos atrelados à inflação são populares para proteger a carteira contra a alta de preços.
Entre os prefixados, o título de 2028 subiu para 14,08%, abaixo da taxa básica de juros de 14,25%. Analistas não recomendam novos investimentos nesse cenário.
É importante lembrar que taxas e preços têm relação inversa: taxas mais altas resultam em menores preços dos papéis. Isso gera perdas temporárias para quem já possui os títulos.
Desempenho do Tesouro Direto nesta quarta-feira (9).