Tesouro avalia emitir ‘panda bonds’ para diversificar, diz Rogério Ceron
Brasil considera emitir títulos em yuan para diversificar sua dívida e atrair investidores. A iniciativa busca apoiar empresas interessadas no mercado chinês, embora não haja cronograma definido.
Brasil considera emitir títulos em yuan, revela o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
A estratégia visa diversificar a dívida brasileira e oferecer referência para empresas interessadas em operações similares, denominadas "panda bonds". No entanto, ainda não há prazo definido para essa emissão.
Ceron menciona uma curva de aprendizagem e custos de captação sendo estudados, notando um crescente interesse das empresas pelo mercado chinês. A Suzano, por exemplo, já emitiu R$ 960 milhões em panda bonds no final do ano passado.
O Tesouro deve realizar novas captações em 2023, após uma emissão recente de US$ 2,75 bilhões em títulos em dólar, com vencimentos em 2030 e 2035. A demanda foi a maior desde 2018, superando a oferta em mais de quatro vezes e indicando potencial para títulos sustentáveis na próxima emissão.
O Brasil se encontra bem posicionado para investidores estrangeiros, mesmo com o aumento da dívida pública. Ceron destaca que o apetite externo permanece forte, considerando a situação econômica global semelhante.
Ele também acredita que a recente alteração na perspectiva do Brasil pela Moody's, de positiva para estável, não afetará novas emissões, pois a economia está apresentando desempenho melhor do que a nota indica.
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