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Terreno do Jockey é avaliado em R$ 95 milhões e valor viabiliza novo parque em SP

Prefeitura de São Paulo avalia área do Jockey Club em R$ 95 milhões em meio a controvérsias sobre dívida tributária. Jockey Club contesta valores e reafirma sua posição contra a desapropriação para a criação de parque público.

A área do Jockey Club de São Paulo, que ocupa 619 mil m², foi avaliada em R$ 95 milhões pela PGM (Procuradoria-Geral do Município).

Essa avaliação faz parte do processo para tornar o hipódromo de utilidade pública na zona oeste da cidade, facilitando a criação de um parque público.

A dívida do Jockey com o município supera R$ 860 milhões, e a prefeitura pretende desapropriar a área via um processo chamado dação, permitindo a quitação de parte da dívida em troca do terreno.

A diretoria do Jockey discorda da ação, contestando os valores na Justiça.

O estudo da PGM utilizou um deságio de 90% por conta da regra de zoneamento, uma vez que o hipódromo está em uma Zepam (Zona Especial de Proteção Ambiental), onde as construções são restritas.

A área foi incluída legalmente no quadro de parques públicos após a revisão do Plano Diretor em 2023, por decisão do então presidente da Câmara, Milton Leite.

Fundado em 1875, o hipódromo mudou para Cidade Jardim em 1941. O local está em uma área valorizada, mas a criação do parque pode mudar o perfil residencial do bairro.

Defensores acreditam que a criação do parque beneficiará a região, enquanto opositores veem a medida como um estímulo à verticalização e ao mercado imobiliário.

A diretoria do Jockey contesta a dívida e pede alterações no cálculo do IPTU, alegando isenção em anos anteriores e distorções na base de cálculo.

Há pelo menos seis ações em andamento referentes a impostos de 2011 a 2020. A gestão de Nunes acredita que não haverá novas derrotas judiciais, pois as decisões anteriores referem-se apenas a casos específicos.

Atualmente, existem 500 ações judiciais em andamento e o clube enfrenta destacadas dívidas ativas de mais de R$ 862 milhões.

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