'Terras raras' são ponto-chave na geopolítica mundial, e Brasil tem potencial na área; entenda
Brasil possui a segunda maior reserva de terras raras do mundo, mas enfrenta desafios tecnológicos para agregar valor à sua produção. O país busca se posicionar como um protagonista na indústria, impulsionado por iniciativas governamentais e oportunidades no cenário geopolítico global.
Minerais "terras raras" ganham destaque geopolítico: esses recursos, essenciais para transição energética e alta tecnologia, estão no centro de disputas globais. O Brasil possui segunda maior reserva do mundo, com 21 milhões de toneladas.
Esses minerais são importantes na fabricação de turbinas eólicas, baterias de carros elétricos e dispositivos eletrônicos. Um acordo recente entre EUA e Ucrânia visa explorar o potencial mineral ucraniano, reduzindo a dependência dos EUA em relação à China, que controla 80% do mercado.
O presidente Donald Trump anunciou um acordo comercial com a China, ainda não confirmado pelo governo chinês. O foco da negociação envolve minérios raros.
Apesar de seu potencial, o Brasil não domina a tecnologia de beneficiamento, exportando em grande parte como commodities brutas. O Ministério de Minas e Energia vê isso como uma oportunidade histórica para desenvolver uma indústria própria.
Iniciativas em curso incluem:
- Projeto MagBras: produção de ímãs permanentes de neodímio-ferro-boro.
- Fundo de R$ 1 bilhão para pesquisa mineral.
- Decreto de 2023 que incentiva projetos de transformação mineral.
- Chamada pública de R$ 5 bilhões para apoio a negócios na área mineral.
Para o Brasil liderar na transição energética, é essencial avançar na cadeia produtiva e evitar exportar apenas matéria-prima. A geopolítica atual exige que recursos estratégicos sejam tratados com inteligência e visão nacional.