HOME FEEDBACK

Terras raras: a carta estratégica do Brasil na guerra comercial de Trump

Brasil pode usar suas reservas de terras raras como estratégia nas negociações com os EUA. A criação de uma cadeia produtiva local pode impulsionar a economia e reduzir a dependência externa.

Guerra comercial entre os EUA e a China motiva busca de terras raras por Trump.

Esses minerais são essenciais para indústrias tecnológicas, bélicas e verdes, presentes em:

  • turbinas eólicas
  • baterias de carros elétricos
  • aparelhos médicos
  • eletroeletrônicos
  • sensores
  • painéis solares
  • sistemas de mísseis e radares

O Brasil possui a segunda maior reserva mundial de terras raras, o que pode ser um trunfo para negociar tarifas de 50% impostas por Trump.

Em maio, Trump pressionou a Ucrânia a assinar um acordo para explorar jazidas, oferecendo ajuda militar em troca.

Recentemente, os EUA tornaram-se acionistas de uma mineradora para aumentar a produção de ímãs de terras raras, com um investimento de US$ 400 milhões.

A criação de uma cadeia produtiva no Brasil para mineração e refino poderia adicionar até R$ 243 bilhões ao PIB nas próximas duas décadas, segundo a Deloitte.

Um estudo do UBS Global Wealth Management destaca a falta de um marco regulatório para exploração como um entrave.

Enquanto os EUA usam sua força econômica para negociar, o Brasil precisa de uma estratégia de barganha baseada em seu potencial mineral.

Desenvolver a cadeia produtiva desses materiais pode interromper a dependência de exportação de minério bruto, permitindo negociar contrapartidas em tecnologia e infraestrutura local.

Leia mais em estadao