Terminais e armadores disputam quem pode participar de mega leilão no porto de Santos
Disputa pelo leilão do Tecon 10 envolve armadores e terminais, com preocupação de concentração de mercado. Concessão pode gerar investimentos de R$ 6 bilhões e aumentar significativamente a movimentação de cargas no porto de Santos.
Tecon 10 no Porto de Santos: nova disputa acirra o cenário portuário.
O megaterminal Tecon 10 promete aumentar a movimentação de cargas em 40% a 50%. No entanto, sua concessão está gerando disputas entre terminais "verticalizados" (pertencentes a armadores) e outros recintos alfandegados.
O leilão da concessão deve ocorrer até o fim do ano, com investimentos estimados em R$ 6 bilhões por 25 anos. Serão quatro berços para atracação.
A pressão está em cima da participação dos armadores no leilão, especialmente para a Maersk e a MSC, que podem ser alvo de restrições por serem sócias do BTP. O Cade negou um pedido da ABTRA para barrar a participação desses armadores.
A Santos Brasil, maior terminal privado, também se vê afetada pela compra pela CMA CGM, resultando em mais de 70% das cargas operadas por terminais verticalizados.
Os armadores argumentam que restrições podem diminuir o valor da outorga e impactar negativamente a União. A ABTRA, em contrapartida, defende o interesse público contra a concentração de mercado.
O novo terminal, situado em 622 mil m², aumentará a capacidade para 3,5 milhões de TEUs por ano. Novos estudos da Antaq estão sendo realizados devido a mudanças no mercado.
Enquanto isso, o debate sobre a verticalização e possíveis restrições continua, com a defesa da competição saudável no mercado portuário.