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Tensão entre União Europeia e Trump afeta acordo do bloco com o Mercosul

Durante a presidência brasileira do Mercosul, o acordo de livre comércio com a União Europeia enfrenta atrasos e resistências internas. As negociações estão condicionadas ao cenário global e ao protecionismo agrícola, especialmente da França.

Presidência brasileira do Mercosul pode anunciar a assinatura do acordo de livre comércio com a União Europeia (UE) na cúpula de dezembro, mas o processo está atrasado.

A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, não enviou o acordo ao Conselho Europeu até o fim de junho. Incertezas surgem com a negociação entre europeus e americanos sobre tarifas, enquanto os protecionistas, como a França, continuam a resistir.

Fontes indicam que as tensões internas da UE dificultam o avanço do acordo com o Mercosul, mesmo em um cenário que teoricamente deveria favorecer essa parceria.

A Comissão Europeia pode enviar o acordo ao Conselho até o fim deste mês, mas não há garantias. O processo pode seguir por consenso ou votação, com desafios para evitar que a França crie uma minoria de bloqueio.

Enquanto isso, a discussão do orçamento 2028-2034 pode impactar as negociações, com rumores de compensações para a França em troca de apoio ao acordo.

A reabertura do acordo, solicitada pela França, é rejeitada pelo Mercosul, que já renegociou capítulos como os ambientais e de propriedade intelectual.

A política tarifária de Trump move a UE em direção a novos parceiros, mas a ideia de que o acordo afetará negativamente os produtos agrícolas europeus continua a ser um dos principais obstáculos.

Um documento do Parlamento Europeu sugere que mudanças na política externa dos EUA podem flexibilizar a oposição ao acordo, mas as resistências permanecem, especialmente das forças agrícolas.

"Companheiros de estrada da resistência" é como são chamados os opositores do entendimento. Segundo Andrés Malamud, a resistência agrícola, liderada pela França, é forte, e Macron negocia medidas em troca de não avançar com o acordo.

Conclusão: A união das forças contra o acordo enfrenta desafios internos, e a próxima cúpula determinará se o futuro do Mercosul-UE será beneficiado pela nova realidade global ou se as pressões protecionistas continuarão a prevalecer.

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