Tenente-coronel diz ao STF que documento apreendido não planejava golpe
Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima afirma ao STF que documento apreendido não era plano de golpe, mas estudo teórico. Ele nega ter a intenção de incitar ações ilegais e busca esclarecer sua mensagem a ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima declarou ao STF que o documento “Operação Luneta”, encontrado em um pendrive, não era um plano de golpe, mas um estudo de cenário prospectivo.
Lima é um dos cinco presos na operação Contragolpe da Polícia Federal, que investiga suspeitos de planejarem atentados contra o presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a PF, o documento mencionava medidas para “restabelecer a lei e a ordem”, fazendo sugestões para neutralizar a atuação do Supremo, com referências a Moraes.
O militar rejeitou o caráter operacional do documento, afirmando que ele fazia parte de análises em manuais militares e que não continha ordens concretas. Lima disse que o material era uma ferramenta teórica sem previsões de ruptura ou ações ilegais.
Além do documento, Lima confirmou ter enviado a Mauro Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro, um arquivo sobre o código-fonte das urnas eletrônicas, mas negou intenção de fomentar ações contra o sistema eleitoral.
Ele destacou que seu contato com Cid visava diminuir tensões e que acompanhava manifestações para evitar violência em Porto Alegre.
A PGR denunciou que o núcleo 3 do plano era responsável por ações relacionadas ao monitoramento e à neutralização de autoridades públicas, além de tentar pressionar o alto comando do Exército para consumar o golpe.
Os réus da operação estão sendo acompanhados em transmissão ao vivo do interrogatório.