HOME FEEDBACK

Temporada de balanços mostra em quais ações investir e quais evitar

Investidores devem priorizar ações de empresas consolidadas e com baixa dívida para navegar em um cenário econômico desafiador. A análise revela que setores como varejo e alimentos têm se destacado, enquanto construção enfrenta riscos maiores.

A temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 mostrou que os investidores na bolsa brasileira devem priorizar ações de empresas consolidadas e com baixo endividamento.

Um estudo da PwC Brasil analisou 348 companhias na B3 e revelou um cenário de juros altos e uma economia estagnada, que impactou negativamente as expectativas. A boa notícia é que muitas empresas superaram as expectativas, especialmente no setor financeiro, que teve um crescimento de receita de intermediação financeira de 11,6%.

No geral, a receita líquida (excluindo o setor financeiro) cresceu 7,7%, mas apenas 2,8% se ajustada pela inflação.

A capacidade de pagamento das companhias em 2024 permaneceu estável, mas setores como comércio e exploração de imóveis mostraram melhorias significativas. O controle de endividamento foi destacado como um fator positivo.

No entanto, o setor de construção não demonstrou bom desempenho; sua capacidade de honrar compromissos de curto prazo teve baixa expressiva. As dívidas foram renegociadas, mas isso levantou preocupações quanto à viabilidade de investimentos no setor.

Os analistas recomendam foco em empresas consolidadas com gestão conservadora e que comprovem redução de endividamento. Os setores a serem observados incluem:

  • Varejo: Cortes significativos na dívida e recuperação de 32% nas ações até abril de 2025.
  • Alimentos Processados: Crescimento consistente e aumento de margem, com valorização de 11% nas ações.
  • Agropecuária: Valorização de 10%, mas com volatilidade dependente de fatores externos.

Em contraste, o setor de construção e engenharia mostra volatilidade, com ações subindo 25% no início do ano, mas com riscos altos. Assim, o cenário para 2025 é desafiador, exigindo consideração cuidadosa antes de investir.

Se 2024 foi adaptativo, 2025 será um verdadeiro teste para as companhias brasileiras.

Leia mais em valorinveste