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Temporada de balanços do 1T25 ganha destaque: veja ações e setores para ficar de olho

Expectativa para a temporada de resultados do 1T25 sofre ajustes à medida que a economia desacelera, refletindo a pressão das taxas de juros elevadas. Analistas projetam um desempenho misto entre setores, com destaque para commodities e desafios no setor doméstico.

Início da temporada de resultados do 1T25 no Brasil traz expectativas mistas, segundo análises de instituições financeiras.

O Safra observou que a expectativa para o 1T25 se deteriorou, prevendo 39,7% de resultados positivos, contra 50,4% no 4T24. Foram identificados mais resultados neutros e negativos no primeiro trimestre de 2025.

O Morgan Stanley alerta para o impacto das taxas de juros altas e a potencial desaceleração econômica, prevendo que commodities terão desempenho superior, com aumento anual de 47% no LPA. Empresas domésticas devem apresentar queda de 8% no LPA.

O Bradesco BBI destaca que a temporada começa em 24 de abril com a Vale, prevendo crescimento robusto, mas com impacto da política monetária mais rígida. A previsão de crescimento para 2025 também foi revisada de 1,9% para 1,8%.

  • Expectativas para setores do 1T25:
    • Construtoras: bons resultados no segmento de baixa renda.
    • Distribuidores de combustíveis: aumento nos lucros pela queda do biodiesel.
    • Shoppings: crescimento das vendas em taxas acima da inflação.
    • Petróleo e Gás: melhoria sequencial devido ao aumento da produção.
    • Varejo de luxo: bom desempenho de vendas e margem operacional.

Para o setor financeiro, não há grandes surpresas esperadas. O XP prevê uma temporada mista para o varejo, com destaque para players de baixa/média renda apresentando sólido crescimento.

Os shoppings são vistos como resilientes, com crescimento de vendas e boas taxas de ocupação, apesar da alta Selic e alavancagem financeira.

No setor de saúde, resultados devem ser mistos, com os pagadores aumentando preços, mas impactos negativos de sazonalidade e menor taxa de ocupação.

Olhando para o futuro, a expectativa para crescimento de lucros em 2025 nas indústrias domésticas é de apenas 6%, uma queda significativa em relação às estimativas anteriores.

A desaceleração das condições de crédito também impacta as expectativas dos lucros dos bancos, com previsão de crescimento de 9% em 2025, abaixo das expectativas anteriores de 12%.

Para 2026, projeta-se crescimento de 26% nos lucros das empresas domésticas, exceto financeiras.

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