'Temos uma grande ambição para o Brasil este ano', diz presidente da Amazon no país
Juliana Sztrajtman, nova presidente da Amazon Brasil, enfrenta desafios no competitivo mercado de e-commerce, onde a empresa perdeu espaço para a Shopee. Com investimentos focados em logística e diversidade, ela visa manter a operação adaptada ao consumidor brasileiro.
Juliana Sztrajtman, 48, é a nova presidente da Amazon Brasil, cargo que ocupa desde janeiro. Ela aprecia contemplar o pôr do sol da sede da empresa, localizada em São Paulo.
Após a saída de Daniel Mazini, Juliana enfrenta desafios, pois a Amazon perdeu a posição de terceiro maior varejista online no Brasil para a Shopee, que atingiu R$ 40 bilhões em GMV (vendas brutas online). Enquanto isso, a Amazon cresceu 56%, chegando a R$ 39 bilhões.
A expansão da Amazon no Brasil é significativa: em 2019, a empresa se tornou um verdadeiro marketplace, aumentando de 1 para 12 centros de distribuição e de 0 para 150 polos logísticos. Atualmente, a Amazon possui 78 mil vendedores cadastrados oferecendo 150 milhões de produtos.
Juliana reafirma a importância da diversidade e o compromisso da empresa em manter suas políticas inclusivas, apesar do cenário conservador nos EUA. Ela é a primeira mulher a assumir esse cargo no Brasil.
A Amazon investiu mais de R$ 33 bilhões no Brasil desde 2011 e pretende expandir ainda mais sua malha logística e acelerar os prazos de entrega. Juliana enfatiza que a operação se adapta à cultura local para oferecer produtos competitivos.
Além disso, a Amazon já entrega em 100% dos municípios brasileiros e tem planos de aumentar o número de polos logísticos para melhorar a entrega. Juliana destaca a importância de entender as necessidades regionais dos consumidores.
O novo centro de distribuição em Cajamar é um marco para a empresa, acelerando o processo de envio de encomendas. A Amazon mantém um portfólio robusto, com produtos em alta demanda, como Kindle, iPhones e produtos de limpeza.
Em relação à concorrência, Juliana destaca que a variedade e o preço competitivo são os principais atrativos da Amazon, além dos programas de assinatura como o Prime.
Sobre expectativas para 2025, Juliana está otimista, com planos de novos investimentos e mais contratações. Ela acredita que o uso de inteligência artificial tornará a experiência de compra ainda mais personalizada até 2030.
Juliana valoriza o equilíbrio familiar, e sua foto de perfil no Instagram reflete sua busca por esse equilíbrio, capturando um momento marcante de uma viagem à Suíça.
A Amazon, fundada em 1994, permanece como líder entre os gigantes do setor, com receitas que superam os US$ 637 bilhões em 2024.
Juliana acredita que o mercado brasileiro representa uma grande oportunidade para a Amazon, pela crescente demanda por e-commerce e a variedade de produtos desejados pelos consumidores.