‘Temos de acelerar a Ferrogrão; vou trabalhar no STF para liberar’, diz Alckmin
Alckmin enfatiza a urgência da Ferrogrão durante evento do agronegócio, destacando a importância da aprovação do STF para a conclusão do projeto. Apesar do apoio de alguns ministérios, divergências internas ainda dificultam a liberação da obra.
Presidente em exercício, Geraldo Alckmin, defende a Ferrogrão, uma ferrovia de 933 km ligando Sinop (MT) a Itaituba (PA), com custo estimado de R$ 28 bilhões.
Durante o 3º Congresso Abramilho, Alckmin afirmou: “Temos de acelerar a Ferrogrão. Vou trabalhar no Supremo para liberar”.
O governo aguarda a retomada do projeto, atualmente suspenso por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2021, devido a impacts ambientais e falta de diálogo com comunidades tradicionais.
Questões principais incluem:
- Possível supressão de área do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará;
- Manifestação da União ao STF mostrando que é viável respeitar a faixa de domínio da BR-163/MT;
- Compromisso de R$ 715 milhões em contrapartidas ambientais.
Embora haja apoio dos Ministérios da Agricultura e Transportes, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério dos Povos Indígenas opõem-se ao projeto.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) planeja lançar o edital de leilão para a ferrovia em 2026, após aprovação do novo traçado pelo STF.
A Ferrogrão deve melhorar a logística agrícola, reduzindo R$ 7,9 bilhões em desperdícios anuais e evitando a emissão de 3,4 milhões de toneladas de CO₂ nos 69 anos de concessão.