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Tecnologia de vanguarda pode impulsionar EUA a um crescimento de 4% ao ano, diz o visionário Roubini

Roubini destaca que o crescimento econômico dos EUA pode alcançar 4% com novas tecnologias, superando a previsão anterior. Ele também alerta para a necessidade de reformas no Brasil para aproveitar as oportunidades e lidar com desafios fiscais.

Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova York, previu que o PIB potencial dos EUA pode subir para 4% em dez anos, superando a previsão anterior de 1,8%.

Durante os Prêmios Broadcast, Roubini destacou que “países que adotarem novas tecnologias crescerão mais rápido”. Ele apontou que o crescimento global será impulsionado por inovações tecnológicas.

O economista estimou que, com essas tecnologias, o potencial dos EUA pode chegar a 6%. Ele também avaliou a situação do Brasil, enfatizando que o país precisa de reformas para aumentar seu crescimento, reduzindo corrupção e burocracia.

Roubini, conhecido como “Doutor Catástrofe” por prever a crise de 2008, acredita que o excepcionalismo americano vai continuar, mesmo com políticas de Donald Trump que podem gerar menor crescimento e inflação. Ele afirmou que o mercado financeiro pode conter más políticas do presidente, como questões no mercado de títulos.

Ele reforçou que, apesar da moeda de reserva internacional, os EUA estão sujeitos à disciplina do mercado. O Federal Reserve (Fed) pode atuar independentemente, o que pode frear Trump.

Roubini também mencionou que o dólar continua sendo uma moeda forte, e não há substituto viável como a moeda chinesa. "Os EUA continuarão importando capital do mundo inteiro", destacou.

No contexto da América Latina, ele observou oportunidades para o Brasil, especialmente com investimentos em tecnologia, como Data Centers. Entretanto, ressaltou que a consolidação fiscal é um desafio para o país, com um elevado déficit fiscal.

O economista advertiu que, dependendo das eleições, o Brasil pode enfrentar problemas caso o status quo seja mantido. Ele vê uma mudança iminente na ordem global, com uma tendência de desglobalização.

“Estamos indo em direção ao unilateralismo”, concluiu Roubini, apontando que não apenas os EUA, mas também outros países como Índia, China e Brasil estão se afastando do multilateralismo.

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