Tebet diz a Boric que corredor bioceânico Chile-Brasil reduzirá preço de carne e salmão
Novo Corredor Bioceânico entre Brasil e Chile promete facilitador logístico e redução de preços no comércio bilateral. Projetos de integração rodoviária buscam fortalecer as relações econômicas e turísticas entre os dois países.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, informou que a conclusão do Corredor Bioceânico, ligando Brasil e Chile, impactará na redução dos preços dos alimentos entre os dois países.
O Brasil é o maior exportador de carne bovina para o Chile, enquanto o Chile fornece uma grande parte dos pescados que o Brasil importa.
A nova rota rodoviária aproveitará estradas existentes e incluirá melhorias e pavimentação. O projeto foi destacado no Fórum Empresarial Brasil-Chile, com a presença de Gabriel Boric (presidente do Chile), entre outros líderes e empresários.
A rota começará no Brasil, passando por Paraguai e Argentina, até chegar ao Chile. Uma ponte crucial entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta está em construção e será finalizada em maio de 2026.
Com esses projetos, o corredor rodoviário ligará os portos brasileiros do Sudeste e Sul aos portos chilenos no Pacífico. O trajeto total entre Campo Grande (MS) e os portos do Chile será de cerca de 2.400 km.
Essa nova rota deve resultar em uma queda de 24% no preço da carne para o consumidor chileno. Em contrapartida, produtos chilenos, como o salmão, também devem ter preços reduzidos.
Boric celebrou o acordo e destacou a importância do corredor para o turismo e a integração dos povos.
Em 2024, o Brasil exportou US$ 6,657 bilhões para o Chile, com um saldo comercial positivo de US$ 1,705 bilhão. O petróleo é o principal produto exportado pelo Brasil, representando 29% das vendas totais.
A nova rota faz parte de um esforço do Brasil para aumentar sua integração na América do Sul, cuja balança comercial é bem inferior comparada à da Ásia e América do Norte.
O governo brasileiro também trabalhou em outras iniciativas, como o programa Rotas de Integração Sul-Americana, investindo R$ 4,1 bilhões em 190 projetos. Para 2025, há uma previsão de investimento de mais R$ 4,5 bilhões em mais 140 projetos.
Além disso, existe uma carteira de financiamento com US$ 7 bilhões de instituições financeiras para apoiar essas rotas.