TCU vê interferência da Petrobras em nomeação na Petros
TCU aponta irregularidades na nomeação de Henrique Jäger para a Petros e recomenda melhorias nos processos de seleção. Investigações sobre aportes de 2015 e 2016 também estão em andamento, levantando novas questões sobre a gestão da fundação.
TCU considera parcialmente procedente denúncia sobre a nomeação de Henrique Jäger à presidência da Petros em 2023.
O tribunal identificou interferência indevida da Petrobras no processo seletivo, desrespeitando normas internas da fundação.
Em acórdão aprovado em 21 de maio de 2025, foi verificado que a estatal indicou Jäger à consultoria Fesa Executive Search, comprometendo a isonomia do processo.
A escolha de Jäger violou o estatuto da Petros, que determina seleção por meio de processo competitivo supervisionado pelo conselho deliberativo.
Embora Jäger atendesse aos requisitos legais, a Corte rejeitou a tese de impedimentos legais, confirmando a ausência de ações contra ele.
Conselheiros relataram pressão subliminar e tentativas de influenciar votos, além de desrespeito a exigências de formação de comissão de seleção.
A Corte recomendou que a Petros reforce mecanismos de seleção e nomeação, alinhando-se a práticas de governança.
Além disso, o TCU solicitou à Petros e à Previc informações em até 15 dias sobre apurações de investimentos no Torre Pituba, Salvador, envolvendo gestões anteriores.
O ministro Anastasia indicou indícios de investigação interna, solicitando apurações mais detalhadas. Petros e Petrobras não se manifestaram até a publicação deste texto; espaço permanece aberto.