TCU nega pedido de indenização bilionária para empresa que operava porto em Santa Catarina
TCU mantém indenização de R$ 7,2 milhões à Companhia Docas de Imbituba após longa disputa legal. A corte rejeitou tentativas de aumento do valor para cerca de R$ 3,2 bilhões, considerando pareceres técnicos e a legalidade dos pedidos.
TCU rejeita indenização bilionária da Companhia Docas de Imbituba
Nesta quarta-feira (4), o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, em caráter definitivo, rejeitar a solicitação da CDI para transformar uma indenização de R$ 7,2 milhões em R$ 3,2 bilhões.
A CDI administrou o Porto de Imbituba por 70 anos, de 1942 até 2012, e pleiteou ressarcimentos por investimentos não amortizados após o término da concessão.
A Antaq reconheceu, em 2015, o direito da CDI à indenização de R$ 7,2 milhões. Entretanto, em 2016, um parecer do Ministério dos Transportes revisou os cálculos, inflacionando a indenização para cerca de R$ 3,2 bilhões.
O TCU analisou o pedido entre 2020 e 2024, concluindo que a maioria dos valores reivindicados era indevida. O relator do caso, ministro Aroldo Cedraz, foi vencido pelo voto do ministro Bruno Dantas, que considerou a reivindicação como "estapafúrdia".
Dantas destacou que uma decisão favorável à CDI prejudicaria os interesses públicos e ignoraria pareceres técnicos.
Ao final, o tribunal reconheceu apenas o direito à indenização de R$ 7,2 milhões, encerrando o processo com votação de cinco a três. A gestão atual do porto é da SCPar Porto de Imbituba, iniciada em 2012. O porto tem se destacado em 2024 ao movimentar 8,3 milhões de toneladas de diversas cargas.