TCU encaminha fiscalização sobre Previ para PF; relator quer apurar gastos de viagens de Fukunaga
TCU inicia auditoria sobre a Previ após identificação de práticas suspeitas e riscos de prejuízos aos cofres públicos. Investigação se concentra na recente compra de ações da Vibra Energia e na governança do fundo de pensão do Banco do Brasil.
TCU determina fiscalização do fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil, nesta quarta-feira, 9.
O relator, ministro Walton Alencar Rodrigues, apresentou voto sobre a atual gobernança da Previ, destacando o risco de que o BB precise capitalizar o fundo devido a um déficit de R$ 17,7 bilhões em 2024.
Foi proposta a conversão do levantamento em auditoria para investigar a compra de ações da Vibra Energia pelo fundo, que ultrapassou R$ 1 bilhão, em um momento desfavorável do mercado. O ministro ressaltou a violação de políticas internas da Previ, que busca reduzir essa exposição.
Walton Alencar mencionou um possível objetivo de garantir cargos nos conselhos da empresa, gerando conflitos de interesse e favorecimento a indicados sem a qualificação necessária. Ele criticou a formação dos conselheiros e a falta de critérios rigorosos.
Outra preocupação do ministro é a necessidade de apurar os gastos das viagens do presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, para o Japão e Portugal, indicando uma proximidade preocupante com negociantes de mercado.
A auditoria também deverá identificar a responsabilidade nos investimentos da Previ e esclarecer a origem do pagamento das despesas do presidente.