TCU amplia apuração sobre contas da Previ e envia dados para Polícia Federal e Ministério Público
TCU inicia auditoria nas contas da Previ para investigar déficit de R$ 17,7 bilhões. Autoridades competentes serão acionadas para apurar possíveis irregularidades nas decisões de investimento do fundo de pensão.
O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou, nesta quarta-feira, a conversão da investigação preliminar nas contas da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) em uma auditoria ampla.
O objetivo é aprofundar as causas do déficit de R$ 17,7 bilhões em 2024 e investigar se as decisões sobre investimentos em ações estão relacionadas aos planos da diretoria para obter assentos em conselhos de empresas como Vibra e Vale.
Os ministros seguiram o voto de Walton Alencar, relator do processo. O TCU enviará cópia do processo para a Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF), e comissões do Congresso.
O relatório técnico destaca a drástica redução da rentabilidade do Plano 1 da Previ, que foi de um superávit de R$ 14,5 bilhões em 2023 a um déficit de R$ 17,7 bilhões em 2024.
Esse plano é considerado maduro, pois já está na fase de pagamentos de aposentadorias e pensões.
A área técnica do TCU apontou o descumprimento de norma interna da Previ, que previa a redução da exposição à renda variável, enquanto o fundo ampliou suas participações em Vibra, Petrobras, BRF e Neoenergia.
— O relatório de fiscalização do TCU identificou sérios riscos na gestão de recursos da Previ, justificando a conversão em auditoria plena — declarou o relator.