TCU adia julgamento sobre resultado de análise nas contas da Previ

TCU adia julgamento sobre a Previ

O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou para a próxima semana o julgamento das contas da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

No relatório, a equipe técnica recomenda que o levantamento de informações seja convertido em auditoria para investigar o déficit de R$ 17,7 bilhões registrado em 2024 no Plano 1.

A decisão final será tomada pelo plenário do TCU. O processo, relatado pelo ministro Walton Alencar, foi retirado de pauta por falta de quórum.

A Previ atribuiu o déficit à oscilação de mercado, mas afirmou que o Plano 1 continua a garantir benefícios para mais de 106 mil associados, sendo 97% aposentados ou pensionistas.

Os auditores destacarão a compra de ações de empresas como a Vibra e a concentração de investimentos na Vale, apontando que houve descumprimento de diretrizes desde 2021 para reduzir a exposição em renda variável.

Os auditores questionam se as decisões de investimento foram baseadas em critérios técnicos e se a variação do patrimônio se deve apenas às condições de mercado.

Entre 2023 e 2024, o Plano 1 passou de um superávit de R$ 14,5 bilhões para um déficit de R$ 17,7 bilhões, agravado pelo fato de estar na fase de pagamentos.

A investigação se justifica pela obrigação legal do Banco do Brasil de aportar recursos para cobrir o déficit, e possivelmente criar contribuições extraordinárias para os participantes do fundo.