Taxas longas de DIs fecham em alta com avanço do dólar e dos Treasuries yields
Dólar avança e pressiona taxas de DI, refletindo preocupações com guerra comercial e recessão nos EUA. Expectativas de Selic elevada em meio à instabilidade global influenciam decisões do mercado.
Taxas dos DIs com prazos longos encerram a segunda-feira em leve alta, seguindo o avanço dos rendimentos dos Treasuries e a alta do dólar frente ao real, próximo de R$5,90.
A alta acompanhou o início da cobrança de tarifas de importação pelos EUA e ameaças do presidente Donald Trump de aumentar tarifas sobre a China.
No curto prazo, as taxas encerraram estáveis:
- DI para janeiro de 2026: 14,695%
- DI para janeiro de 2027: 14,245%
Entre os contratos mais longos:
- DI para janeiro de 2031: 14,43%, alta de 6 pontos-base
- DI para janeiro de 2033: 14,54%
A valorização do dólar e o avanço dos yields dos Treasuries contribuíram para essa alta.
O dólar ganhou força com a nova tarifa de 10% sobre importações dos EUA e novas tarifas adicionais previstas.
Trump também indicou possibilidade de uma taxa de 50% sobre importações da China.
As taxas dos DIs reagiram à volatilidade dos ativos de risco. Uma informação preliminar sobre uma possível pausa nas tarifas trouxe alívio, mas foi desmentida pela Casa Branca, resultando em nova alta do dólar e das taxas dos DIs.
O especialista Matheus Amaral destacou a insegurança do momento devido à guerra comercial.
Além disso, preocupações com uma possível recessão nos EUA influenciam o mercado:
- Expectativas para a Selic de 50 pontos-base em maio: 58,50%
- Projeção de inflação no Brasil mantida em 5,65% para 2025.
O cenário global continua incerto, impactando decisões de investimento no Brasil.