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Taxas futuras de juros sobem em dia negativo para ativos em meio à guerra de tarifas

Taxas dos DIs refletem incertezas no cenário econômico global e interno. Dados recentes dos EUA e Brasil influenciam a volatilidade nas expectativas sobre a política monetária.

Taxas dos DIs fecham em alta na quinta-feira, impulsionadas por dados econômicos dos EUA e do Brasil e pela guerra tarifária iniciada pelo presidente Donald Trump.

Após reação positiva a uma pausa de 90 dias nas tarifas dos EUA, os ativos brasileiros sofreram com a queda das bolsas e das commodities, além da alta do dólar em relação ao real.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,795%, com leve queda, enquanto a de janeiro de 2027 subiu para 14,53%. Para janeiro de 2031, a taxa subiu para 14,76% e para janeiro de 2033, foi a 14,89%.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor caiu 0,1% em março. Em comparação, o IBGE relatou um aumento de 0,8% no volume de serviços em fevereiro.

Laís Costa, da Empiricus Research, destacou que os dados econômicos têm sido ofuscados pelas tarifas. No Brasil, a atividade econômica se mostra forte, o que foi refletido pelos dados.

O dia também viu ajustes de alta para o dólar e aumento das taxas dos DIs, especialmente nas pontas mais longas. O cenário de guerra comercial entre os EUA e China não parece favorável para o Brasil.

Internamente, a proposta de reestruturação do setor elétrico do governo Lula, que inclui aumento da gratuidade na conta de energia, gerou preocupações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar os agentes, afirmando que não há estudo em andamento sobre o tema.

O mercado de opções do Copom da B3 mostra uma probabilidade de 58% de aumento de 50 pontos-base da taxa Selic em maio. A taxa Selic atual está em 14,25%.

Os rendimentos dos Treasuries apresentaram estabilidade, com o título de dez anos a 4,394% e o de dois anos a 3,835%.

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