Taxas futuras de juros recuam em sessão de ajuste com tensões EUA-China no radar
Taxas de juros futuras recuam após quatro dias de altas, em meio a um clima de cautela com as tensões comerciais entre EUA e China. O otimismo da Casa Branca sobre um possível acordo comercial contrasta com a volatilidade nos mercados financeiros globais.
Taxas dos DIs fecham em baixa nesta sexta-feira, após quatro dias de altas, devido a ajustes de posições dos investidores.
No final da tarde:
- Taxa do DI para janeiro de 2027: 14,37% (anterior: 14,499%)
- Taxa para janeiro de 2028: 14,205% (anterior: 14,362%)
- Taxa para janeiro de 2031: 14,55% (anterior: 14,739%)
- Taxa para janeiro de 2033: 14,64% (anterior: 14,867%)
A sessão foi influenciada por um maior apetite por risco global, com recuperação nos mercados acionários e moedas emergentes, após uma semana de volatilidade devido à política comercial dos EUA.
A China elevou a tarifa sobre produtos norte-americanos para 125%, em resposta à tarifa de 145% imposta por Trump. Apesar disso, a Casa Branca mantém otimismo sobre um acordo comercial.
O pessimismo dos investidores em relação às tensões comerciais resultou em taxas futuras mais altas no Brasil. Por exemplo, a taxa do DI para janeiro de 2027 subiu 13 pontos-base na semana.
As taxas dos DIs se moveram em direção oposta aos rendimentos dos Treasuries, que subiram 7 pontos-base, atingindo 4,466%, devido a temores de recessão nos EUA.
A agenda econômica brasileira foi menos destacada: o IPCA de março mostrou desaceleração, mas subiu para 5,48% em 12 meses, e o Banco Central relatou crescimento da atividade econômica em fevereiro, impulsionado pelo setor agropecuário.