Taxas dos DIs têm queda firme no Brasil após Trump aliviar tarifas sobre eletrônicos
Taxas do DI caem após alívio nas tarifas de importação dos EUA sobre eletrônicos chineses. Expectativas de ajustes na Selic e inflação seguem em destaque entre analistas.
Taxas dos DIs fecharam em queda na segunda-feira, acompanhando a baixa dos Treasuries após os EUA aliviarem tarifas sobre eletrônicos importados, principalmente da China.
A taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,695%, com queda de 6 pontos-base; para janeiro de 2027, era de 14,17%, em relação a 14,358% da sessão anterior. Entre os longos, a taxa para janeiro de 2031 foi a 14,31% e para janeiro de 2033 14,39%, ambas com queda em relação ao ajuste anterior.
O anúncio dos EUA incluía isenções de tarifa para produtos como smartphones e laptops, com impacto positivo no mercado. Apesar do alívio, Trump anunciou futuras tarifas sobre semicondutores, mas o clima permanece otimista.
Marcelo Bacelar, da Azimut Brasil Wealth Management, destacou que os DIs refletem o desempenho do mercado externo. Às 15h30, a taxa do DI para janeiro de 2033 caiu para 14,39%.
O dólar também se manteve em queda ante o real, enquanto o cenário para a Selic mostrava a taxa em 14,25% ao ano, com projeções de alta na reunião do Copom.
- Expectativas para Selic em 15,00% em 2025 e 12,50% em 2026.
- Inflação projetada em 5,65% para 2025 e 4,50% para 2026.
- Probabilidade de alta de 50 pontos-base na Selic subiu para 62,00% para maio.
Bacelar também mencionou que a disputa EUA-China pode ajudar no controle da inflação, possibilitando um discurso duro do Banco Central.
No exterior, os rendimentos dos Treasuries continuavam a cair, com destaque para o título de dez anos a 4,372%.