Taxas dos DIs têm queda com Treasuries e chance de negociação Brasil-EUA

Taxas do DI fecham com baixa significativa

As taxas dos DIs fecharam a terça-feira em baixa, com mais de 15 pontos-base em alguns vencimentos, devido às tentativas do governo Lula de negociar a exclusão de setores do tarifaço dos EUA.

No fim da tarde, as taxas estavam:

• DI janeiro 2027: 14,165% (anterior: 14,217%)
• DI janeiro 2028: 13,475% (anterior: 13,577%)
• DI janeiro 2031: 13,63% (anterior: 13,786%)
• DI janeiro 2033: 13,75% (anterior: 13,903%)

Com a iminente cobrança de 50% sobre produtos brasileiros, a sessão foi positiva, destacando a alta do Ibovespa, queda do dólar e recuo das taxas dos DIs.

A esperança de isenções nas tarifas gerou otimismo entre os profissionais do mercado. O Brasil solicitou que setores de alimentos e a Embraer fossem excluídos da tarifa, de acordo com fontes envolvidas nas negociações.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que produtos como café e cacau poderiam ser isentos de tarifas em futuras negociações, o que gerou especulações de possíveis acordos com o Brasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que as negociações estão progredindo lentamente e que o governo está preparado para ajudar empresas afetadas. Por outro lado, a ministra Simone Tebet afirmou que a negociação não está em andamento no momento.

A queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior impactou as taxas dos DIs, que renovaram mínimas durante a sessão. A taxa de janeiro de 2033 atingiu 13,730%, uma redução de 17 pontos-base.

Apesar da queda das taxas futuras, o mercado mantém alta probabilidade de manutenção da Selic em 15% na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). As apostas estão em 95% para manutenção e 2,85% para alta de 25 pontos-base.

Antes da decisão do Federal Reserve, os rendimentos dos Treasuries também apresentaram quedas significativas, com o de dez anos caindo para 4,326%.