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Taxas dos DIs sobem puxadas por Treasuries e receio sobre tarifas

Taxas dos DIs sobem com receios sobre negociações comerciais e impacto do aumento dos Treasuries. Analistas apontam que comentários do presidente Lula influenciaram as expectativas do mercado.

Taxas dos DIs encerraram a quinta-feira em alta, especialmente nos vencimentos longos, influenciadas pelos rendimentos dos Treasuries no exterior e receios em relação à negociação com os EUA.

A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subiu para 14,235%, em comparação a 14,22% no ajuste anterior. Para janeiro de 2028, a taxa foi a 13,58%, alta de 4 pontos-base.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 foi a 13,79% e para janeiro de 2033, 13,91%, alta de 9 pontos-base.

O otimismo sobre negociações comerciais dos EUA com parceiros, como Japão e UE, sustentou os Treasuries pela manhã, levando investidores a desfazer posições defensivas.

Na Europa, o BCE manteve a taxa de referência em 2% ao ano, e a presidente Christine Lagarde indicou que está em “boa posição” para observar o futuro.

Pela manhã, a taxa do DI para janeiro de 2033 atingiu 13,970%, alta de 15 pontos-base. À tarde, comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocaram reações no mercado.

Lula se declarou pronto para negociar os 50% de tarifa com o presidente Donald Trump, afirmando: “se ele estivesse trucando, vai tomar um 6.”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que um plano de contingência será apresentado a Lula na próxima semana. Mais de 10 mil empresas brasileiras estão em risco por tarifas de Trump.

Apesar das incertezas, investidores apostam na manutenção da Selic em 15% na próxima semana, com 97% de probabilidade. A precificação das opções na B3 indicava 96,00% para manutenção.

Às 16h37, o rendimento do Treasury de dez anos subiu 3 pontos-base, para 4,418%.

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