Taxas dos DIs sobem após Copom com redução de apostas em corte da Selic ainda em 2025
Taxas dos DIs sobem após Copom manter Selic em 15% ao ano, sinalizando vigilância em relação à inflação. Dados recentes sobre emprego e finanças públicas reforçam expectativas de juro estável até 2025.
Taxas dos DIs fecharam em alta na quinta-feira, com aumentos superiores a 15 pontos-base em alguns vencimentos.
O Copom manteve a Selic em 15% ao ano e não sinalizou cortes até 2025. Isso trouxe ajustes na curva a termo, com expectativas de Selic estável até o próximo ano.
No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 subiu para 14,36%, e para janeiro de 2028, foi a 13,685%. Mudanças também ocorreram em contratos longos, com a taxa para janeiro de 2031 em 13,78% e para janeiro de 2033, 13,87%.
O Copom reafirmou a vigilância sobre a inflação e a possibilidade de retomar ajustes, ao mesmo tempo que destacou incertezas comerciais. Economistas interpretaram a posição do Copom como a possibilidade de não haver cortes de juros este ano.
Dados como a taxa de desemprego de 5,8% no segundo trimestre, a mais baixa da série, e o déficit primário de R$47,091 bilhões em junho corroboram a expectativa de que cortes de juros não ocorrerão em breve.
O tom hawk do Copom, junto com um mercado de trabalho aquecido e déficits persistentes, pressiona a inflação. Matheus Spiess mencionou que a incerteza comercial e dados robustos dificultam cortes de juros.
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg indicou que a aprovação do presidente Lula chegou a 50,2%, influenciando movimentos no mercado.
Enquanto isso, as taxas de Treasuries nos EUA recuavam, enquanto o mercado aguardava o relatório de empregos que será divulgado na sexta. O rendimento do Treasury de dez anos alcançava 4,356%.