Taxas dos DIs desaceleram com pausa em tarifas, mas ainda fecham em alta
Mercados reagem ao anúncio de Trump e taxas de DI encerram dia em alta, apesar da desaceleração inicial. A volatilidade continua a dominar o cenário econômico, refletindo incertezas decorrentes da guerra comercial.
Taxas dos DIs desaceleram nesta quarta-feira após anuncio de Donald Trump sobre pausa de 90 dias nas tarifas.
Apesar da melhora, as taxas terminaram em alta, refletindo tensões da guerra comercial.
No final do dia, a taxa do DI para janeiro de 2026 ficou em 14,83% (ajuste anterior: 14,757%). Para janeiro de 2027, a taxa foi a 14,505%, alta de 18 pontos-base.
Entre os contratos longos, janeiro de 2031 registrou taxa de 14,64% (+8 pontos-base) e janeiro de 2033 em 14,74% (ajuste anterior: 14,674%).
Pela manhã, as taxas dispararam com o anúncio da China elevando tarifas sobre produtos dos EUA. Isso seguido por Trump, que decidiu a pausa, mas também aumentou tarifas contra a China para 125%.
O prazo de 90 dias foi bem avaliado nos mercados: índices globais subiram, dólar caiu e rendimentos dos Treasuries desaceleraram.
Inicialmente, as taxas nos DIs oscilaram, atingindo mínimas nos curtos, mas fecharam em alta em todos os vencimentos.
Anderson Silva, da GT Capital, destaca a incerteza no mercado e a volatilidade nas taxas. A guerra comercial gera preocupações sobre a Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
Com uma probabilidade crescente, o mercado de opções da B3 indica 60,50% chance de alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom em maio.