Taxas dos DIs caem em dia de queda do dólar e movimentações do governo contra tarifas
As taxas dos DIs caem em um contexto de queda do dólar e negociações do governo Lula sobre tarifas dos EUA. A curva de juros reflete otimismo sobre manutenção da Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Copom.
Taxas dos DIs fecharam em baixa na última quinta-feira, especialmente entre os vencimentos mais longos. Esse movimento ocorreu em um dia de recuo do dólar e com ações do governo Lula para enfrentar a tarifa de 50% dos EUA.
No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 14,33%, em baixa de 4 pontos-base. A taxa para janeiro de 2028 marcou 13,67%.
Entre os contratos longos:
- Taxa para janeiro de 2031: 13,76% (anterior: 13,893%)
- Taxa para janeiro de 2033: 13,84% (anterior: 13,982%)
Desde o anúncio da tarifa em 9 de julho, as taxas dos DIs subiram até 50 pontos-base. Na quinta-feira, investidores realizaram lucros, com o dólar em queda.
Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de agilizar as negociações com os EUA, mencionando que o prolongamento do prazo pode prejudicar negócios.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou ter certeza de que Lula irá dialogar com Trump quando houver oportunidade.
No campo político, pesquisa Genial/Quaest mostrou que Lula lidera cenários para as eleições presidenciais de 2026. No segundo turno, empata tecnicamente com Tarcísio de Freitas.
Projeções indicam que a taxa Selic deve permanecer em 15% ao ano ao final do mês, com 99% de chances dessa manutenção.
No exterior, os rendimentos dos Treasuries de 10 anos subiam para 4,461%, enquanto os de 30 anos se mantiveram estáveis a 5,011%.