Taxas dos DIs caem em dia de ajustes técnicos e espera por pacote fiscal
Taxas dos DIs sofrem correção em meio a expectativa por pacote fiscal, mesmo com avanço dos Treasuries. O mercado aguarda definições sobre medidas que visam equilibrar as contas públicas após dados positivos do emprego nos EUA.
Taxas dos DIs no Brasil encerram em baixa, apesar do aumento nos rendimentos dos Treasuries, influenciados por dados positivos do mercado de trabalho dos EUA.
No fim da tarde de sexta-feira, a taxa do DI para janeiro de 2026 foi de 14,905% (anteriormente 14,909%). Para janeiro de 2027, caiu para 14,305% (de 14,365%).
Contratos longos:
- Janeiro de 2031: 13,85% (anteriormente 13,913%)
- Janeiro de 2033: 13,89% (anteriormente 13,95%)
O Departamento do Trabalho dos EUA informou a criação de 139.000 vagas em maio, superando as expectativas de 130.000, e mantendo a taxa de desemprego em 4,2%.
Esta performance gerou especulações de que o Federal Reserve poderia ter menos espaço para cortar juros rapidamente, fazendo com que os rendimentos dos Treasuries subissem mais de 10 pontos-base.
No Brasil, após ganhos iniciais acompanhando o mercado americano, as taxas dos DIs se estabilizaram e firmaram em baixa no final da sessão. “Houve uma correção após a alta recente”, disse Rafael Sueishi, da Manchester Investimentos.
Investidores aguardam um pacote fiscal que será apresentado pela equipe econômica, que poderia substituir o aumento do IOF por cortes de 10% em benefícios tributários, gerando R$80 bilhões em arrecadação.
Na balanço da semana, as expectativas para a Selic mudaram para um aumento adicional de 25 pontos-base.
As opções de Copom mostraram:
- 83% de probabilidade de manutenção da Selic (27 de março)
- 33% para manutenção, 62% para alta de 25 pontos-base (quinta-feira última).
No exterior, os rendimentos dos Treasuries continuaram subindo, com o Treasury de 10 anos alcançando 4,508%.