Taxas do Tesouro IPCA+ recuam para baixo de 7% com cenário externo e Selic alta; entenda
As taxas prefixadas dos títulos do Tesouro IPCA+ caem em meio à estabilização econômica e expectativas de juros mais baixos. Especialistas destacam que, apesar da queda, os rendimentos ainda se mostram atrativos para investidores visando proteção contra a inflação.
Taxas prefixadas dos títulos do Tesouro IPCA+ recuaram nas últimas semanas, passando de 8% em março para cerca de 7% atualmente.
No dia 28 de abril, o título com vencimento em 2029 oferecia 7,35% e os de 2040 e 2050 estavam a 6,94% e 6,86%, respectivamente.
Esses papéis protegem os investidores contra a inflação, oferecendo um ganho real fixado na compra. Em 2029, quem comprou o título terá seu investimento corrigido pelo IPCA + 7,35%.
Rafael Winalda, especialista do Inter, explica que a queda é uma reprecificação após períodos de estresse econômico, como o tarifaço de Trump. A pressão externa e o impacto das taxas de juros nos EUA influenciaram nas decisões dos investidores.
A última alta da Selic pelo Copom em maio gerou expectativas de um fim do ciclo de altas, afetando a inflação e as taxas reais, que não devem cair abaixo de 6% em breve, segundo os especialistas.
As taxas carregam uma expectativa de juros futuros mais baixos, tornando os títulos de longo prazo ainda atrativos. Arley Matos, do Santander, recomenda aproveitar as oportunidades, pois as taxas continuam sendo uma boa proteção contra a inflação.